CORDEL NO TEMPO #1012
PIXILINGA
Pixilinga era o seu nome
E ele sempre aparecia
Quando a gente carecia
E havia necessidade
Era puro como o lírio
Inocente como a brisa
E usava a mesma camisa
Seu nome era caridade
Era um parteiro mais certo
Enfermeiro prestimoso
Seu unguento poderoso
Era um grande Rezador
Animais ele curava
Rezava em gente e sarava
Nossa dor ele levava
Com humildade e amor
Doença contagiosa
Febre dor coceira forte
Gente na beira da morte
Pixilinga libertava
Parto de animal ou gente
De mão hábil diligente
E sua reza potente
Tudo o velhinho curava
Do nada ele aparecia
Quando a dor nos visitava
Pixilinga ali estava
Sua estatura pequena
Sua alegria inocente
Tocava a alma da gente
Sua fama era corrente
Com fé tudo enfrentava
Mas quando não carecia
Seu nome era esquecido
Era de todos querido
Com os remedinhos seus
Sua voz fraca e franzina
Sua alma cristalina
Com a fé pura e divina
No Sertão Anjo de Deus
Onde morava o velhinho
Pouca gente conhecia
E ele só aparecia
Pra fazer a caridade
Eu o conheci nas dores
Quando nos meus estertores
Ele me trazia flores
Aliviava de verdade
Hoje eu posso imaginar
Ele chegando no Além
Depois de fazer o bem
Com os chás e unguentos seus
Jesus dizendo: Bem-vindo!
Meu velhinho doce e lindo
E ele entrando sorrindo
Na imensa Mansão de Deus!
(Merlanio)
Bom Dia com Poesia Meuzamô!
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