CORDEL NO TEMPO #974
VISITA DO TEMPO
O Tempo me visitou
Com mil lembranças na mão
E eu me vi um menininho
Brincando no meu Sertão
Pião e bola de gude,
Boi de osso, cola de grude
E um viver de esperançar
O budegueiro espiando
A alcoreta d'água a mando
Na Filarmônica tocando
O Dobrado militar
Mãos frágeis na Lata d'água
Leva o leite de Boiada
Boiada era a vaca preta
Tangida na madrugada
Cacimba de Sol bem quente
Ôxente! E minino é gente?
Sina que ao poeta deu
A aridez em todo canto
Aridez cheia de pranto
Tudo ao poeta era espanto
Aonde o seu verso nasceu!
(Merlanio - Cordel #974)
Bom Dia com Poesia, Meuzamô!
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