quarta-feira, 23 de março de 2022

SOLIDÃO DE POETA

 


CORDEL NO TEMPO #953


SOLIDÃO DE POETA


Eu sei que poucos me entendem

E de muitos me afasto

A mística não compreendem

Da minha rede de arrasto


Solto meu verso que o verso

Há que ser livre e disperso

Sem as algemas ou peia


Na divisão dos meus tons

Os universos de sons

Transmudam-se em canções

Meia volta, volta e meia


Poesia é dor e delícia

Colhidas frescas no pé

Versos de verbos carícia

Que em mim traduzem a fé


Não sou grande nem pequeno

Sou esse espírito sereno

E amo e respeito meus eus


Minha solidão é eclética

Vôo de asa poética

De filosofia ascética

Sonhada junto a meu Deus

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(Merlanio - Cordel #953)


Bom Dia com Poesia, Meuzamô!


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